quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Resenha: Como eu era antes de você (Jojo Moyes)

Título Original: Me Before You
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
ISBN: 9788580573299
Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.



Jojo Moyes é um Nicholas Sparks de saia, pelo menos neste livro. Não sei se todos os livros dela tem essa pegada meio melosa, lagrimosa e romântica, mas Como Eu Era Antes de Você é assim, bonito e ao mesmo tempo triste. Merecia uma nota maior, pois é bem escrito, emocionante, mas alguma coisa em mim tem uma pequena resistência. Talvez seja meu eu romântico clamando, pelo menos nesse livro, por um final feliz. Entenda que não sou daquelas que só querem um felizes para sempre. Meu TOP 2 em história de amor está nessa posição por um simples motivo, sair do clichê de que tudo dá certo no final (N.A.: Por TOP 2 entenda: ... E O Vento Levou). Desses Sick Lits que andam rolando e virando modinha por aí (consigo lembrar de três no momento: A Culpa é das Estrelas, de John Green; Os 13 Porquês, de Jay Asher; e Cante Para Eu Dormir, de Angela Morrison), Como eu era antes de você foi o mais bem escrito, emocional e que fez realmente sentido para mim. 

Essa história é tão triste, densa, pesada e aborda uma questão polêmica em nossa sociedade: a eutanásia. Li esse livro tem um tempo, mas demorei para escrever a resenha, por um simples motivo: não sabia ao certo meu sentimento com relação à história. É um livro rápido, devorei de uma "veizada" só, mas precisei de tempo para refletir, sobre Will, sobre a Lou, sobre seus pais e sobre mim mesma. Mas vamos a história em si.

Will, com seus 35 anos de vida muito bem vividos, se vê diante de uma escolha impossível: viver sem poder realmente VIVER ou terminar sua vida. Mas ele já tem sua decisão tomada, e é uma das poucas coisas, que podemos perceber durante todo o livro, que ele ainda tem o controle. Por mais que eu odiasse a escolha do Will, por sentimentos pela Lou e seus pais, com o tempo, percebi que esse é um dos únicos momentos que você pode ser egoísta. Sim, egoísta, pois ao terminar com seu sofrimento, ele dá inicio a um profundo sofrimento naqueles que o amam. Me lembro então de uma frase inocente, simples e verdadeira do Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas".

Vamos para Lou, nossa heroína, que cresce tanto em poucos meses, que quase não a reconhecemos se compararmos o "eu" ela de antes com o seu "eu" depois de Will. E e aí que percebemos que o título era correto, Como eu era antes de você é muito mais do que uma história sobre eutanásia, doença e amor, é uma história de amadurecimento e conhecimento de si mesma. Sem Will, talvez Lou passasse a vida inteira fazendo a vontade dos outros, em um relacionamento infeliz, em um emprego de conveniência e sem ao menos perceber, olharia para trás com o sentimento de vazio. Com o tempo, ela percebeu que o que ela queria importava, e que ela não precisava se contentar com pouco, e que fazer coisas para ela mesma não era ruim, pensar em si mesmo, e no que se quer e correr atrás disso não quer necessariamente ser egoísta. Os seis meses de vida de Will foi um presente à Lou e a ele mesmo. 

O livro trás várias passagens bacanas, selecionei então uma para vocês:


"Percebi que estava com medo de viver sem ele. Com que direito você destrói a minha vida - eu queria perguntar -, e eu não estou autorizada a dizer nada a você sobre isso? Mas eu tinha prometido.  E segurei-o, Will Traynor, ex-rapaz esperto da City de Londres, ex-mergulhador, ex-atleta, viajante, amante. Eu o mantive perto e não disse nada, durante todo o tempo repetindo, silenciosamente, que ele era amado."

Se me perguntarem se valeu a pena ler esse livro, vou responder da mesma forma que acho que a Lou responderia, se perguntassem à ela: valeu a pena amar o Will? - Valeu muito! Valeu cada segundo. 

3 comentários:

  1. Geente que linda a foto! hahaha
    Sparks de saia...
    Já sei que não vou gostar huahuaa Não nessa minha fase ogra hahahaha
    quem sabe quando eu voltar a ser menininha :)


    Eu vi seu blog, lá no grupo blogueiros literários. Resolvi seguir e curtir os blogs que estão lá na divulgação, porque acho que assim vai ser mais legal minha participação no grupo, conhecendo todo mundo e tal :D

    Beiijos,

    Paula
    http://www.interacaoliteraria.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Estou numa fase meio literatura de mulherzinha de uns tempos para cá... mas espero voltar as leituras de mistérios, terror e históricos com meus livros do King, Bernard Cornwell e por aí vai...
      Brigadinha por comentar, e tó indo lá visitar seu blog, seguir e comentar. Abraço.

      Excluir
    2. QUE INVEJA DE VOCê! huahuaha Duas coleções do Bernard ??
      :O
      Só tenho Cronicas de Artur, quero todos dele agora <3

      Fantasia épica é vida ♥
      terror é um nível avançado para mim hahahaha

      Excluir